porque um dia comecei esta aventura e nunca a terminei... um livro... uma história... um capítulo!
1º Capítulo

"Calma e serena a noite caía sobre nós. O Sol despediu-se, a Lua aparecia! O céu, até então alaranjado, ganhava tonalidades azuis e a escuridão ia-se tornando banal.
O vento corta o silêncio sentido, é frio porém suave! Confundidas com o céu, as nuvens passam despercebidas...
Carolina na janela do quarto conta os carros na estrada. Carolina era uma rapariga de 14 anos que em nada era semelhante às suas amigas.
Deparando-se com a banalidade do seu dia-a-dia, das mesquinhices existentes entre o seu grupo de amigas, Carolina resguardava-se no seu quarto e sem intenção fica junto da janela a contar os carros que passavam.
Num prédio do outro lado da rua no vive um rapaz muito mais velho que Carolina que todos os dias aprecia a figura esguia de cabelos longos e ondulados, de grandes e expressivos olhos castanhos que passa horas à janela, aparentemente sem propósito. Rui era o nome do rapaz a quem tal figura intrigava. “Que pensaria ela? Porque estaria ela ali durante tanto tempo?” eram perguntas que ocorriam na mente de Rui. Afinal de contas não a conhecia, era apenas uma rapariga que vivia no prédio da frente.
Carolina, por seu lado, quando estava na janela jamais reparava em pormenores...apenas se guiava pelo som dos automóveis de dia e pelos seus faróis de noite.
A noite era comprida e Carolina, sem sono, continuava acordada a pensar. A luz do candeeiro era a sua única companhia. De súbito estremeceu com o barulho do autoclismo, o seu irmão Pedro tinha ido à casa-de-banho. Tendo reparado na luz que vinha debaixo da porta do quarto da irmã, Pedro bateu e entrou:
- Que fazes acordada a esta hora?
- Oh! Não tenho sono e aproveitei para pensar no que se está a passar comigo! – explicou ela.
- Mas queres falar? O que se está a passar contigo?
- Sinto-me vazia, os meus dias não passam de uma monotonia onde o cinismo reina e a ironia e falsidade são valores adorados por todos aqueles com quem convivo naquele ambiente obscuro a que chamamos escola!
- Fogo! Tanto desânimo! Tu ainda és tão nova, se assim vais estás feita rapariga! Nem pareces tu! Tu que eras sempre uma rapariga alegre, que aparentemente não tinha problemas nenhuns....
- Pedro, as pessoas mudam! “Só não mudam os burros!” como o pai costuma dizer. Eu já não sou aquela menininha que era submissa a tudo! Agora tenho as minhas ideias e as minhas ideologias e não me importo de ter que ser vista como uma “freak” ou uma esquisa qualquer! As pessoas que pensem o que quiserem! Eu sou como sou!
- Calma linda! Concordo que deves ser quem és e mostrar isso a toda a gente! Mas agora pensa em descansar senão amanhã ainda vais estar pior!
- Hum.... Ta bem, ‘té manhã!
Pedro saiu do quarto e Carolina ficou impávida a olhar para a luz! Pedro era um rapaz de 21 anos, estudante universitário que nutria um amor muito grande pela sua irmã mais nova! Era um rapaz alto, esguio como a irmã e com o cabelo ondulado, curto, de um castanho que se confundia com preto. Os olhos verdes salientavam-se no meio de uma cara tão morena que emanava uma simpatia nunca tal vista.
Carolina acabou por chegar à conclusão que não ia deixar de ser ela porque as amigas achavam mal! Com esta conclusão sentiu-se bem, apagou a luz e mergulhou num sono descansado, pensava ela! "

3 Response to " "

  1. rui Says:

    Ora bem, a menina Ana, está a tornar-se muito ambiciosa, este tipo de escrita requer muito cuidado. Não pode ser escrito em cima do joelho, aliais como dizia um meu antigo professor de filosofia “ escrever, é como fazer amor. Não devemos ter pressa em chegar ao fim”.
    Quanto a mim a ideia está genial, a história tem pernas para andar, mas acho que é necessário rever certos pormenores.
    Não te livras facilmente deste chato comentador.
    Beijinhos, beijinhos, beijinhos.

  2. Angie Says:

    oi...
    aguardo pelo capítulo seguinte!
    É uma grande ambição, mas nunca desistas dos teus sonhos! Quanto mais difíceis são, maior é o prazer no fim!;)
    ********

  3. Anónimo Says:

    falamos um dia em adjectivar os textos.
    bem sei...é natural que pequemos assim mas no fundo apenas queriamos adjectivar o nosso coração

    Bj João