ao som da chuva dançam,
enrolados os corpos descansam,
promessas ali se fazem,
que no suor das palavras se encontram
o olhar então se cruza
e sem palavras dizem um ao outro:
amo-te!
saboreando as rugas da tua pele
voando nas ondas do teu cabelo
nadando no brilho dos teus olhos
sentindo o vermelho dos teus lábios
vou-me perdendo sem dar conta
num mundo maravilhoso
que és tu!
enrolada num novelo de lembranças
sorrio suavemente e viajo....
brilho quando encontro o teu olhar
sorrio sem me aperceber
arrepio-me quando sinto o teu toque
sinto um calafrio na barriga
fazes parte de mim,
és todos os meus sentidos!
e sem mais nem menos
um nó preso na minha garganta
asfixia-me....
ama-me como nunca amaste ninguém
ama-me mesmo quando me odeias
ama-me quando sorrio
ama-me mesmo quando choro
ama-me por quem sou...
numa só palavra:
ama-me
memórias...
pedaços de um puzzle incompleto
memórias...
escrevem-se sorrisos
memórias...
brilham os olhos
memórias....
simples memórias