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nas curvas da minha memória
vagueiam incessantemente
as tuas imagens...
os teus sorrisos...
as tuas lágrimas...
o teu cheiro...
olho para trás com carinho
olho para a frente sem medo
é bom ter-te comigo

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porque a vida é feita de injustiças...
infelizmente

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sorris...
eu sorrio
és o meu sorriso

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hoje não me apeteceu escrever...deixo aqui um registo da minha viagem a Praga!

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hoje não quero falar
olha só para mim
não fales também
abraça-me
beija-me
e fica aqui
junto a mim!

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perdi-me...
alheia ao que se passava a meu lado
senti...
com todos os nervos do meu corpo
cheirei...
novas essências do outro canto da europa
voei....
senti-me livre e solta...

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vou voar...
vou sentir o vento a bater nas minhas asas!
ate daqui a uma semana!!

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hoje apenas quero perguntar porquê?
mais nada... se souberes responder
atreve-te

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sinto-te em mim
tu sentes-me em ti:
sentimo-nos!



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vagueio pelas ruas da cidade
sem sentido...
procuro as tuas pegadas
nas pedras da calçada
não consigo encontrar o teu rastro
onde estás?
dá-me um sinal!
preciso de ti!!

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chovem lágrimas em mim
como cai a chuva lá fora
o desespero instalou-se
tou fora de mim
não quero estar com ninguém
nem contigo...
tenho um nó enorme na garganta
prende-me a certos pensamentos
aqueles que sei que devia extinguir
aiiii mas que raiva...
porque não consigo?
porque não consigo parar de pensar?

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fujo de ti
é estranho mas algo me afasta
quero-te tanto
e ao mesmo tempo
nem ouvir a tua voz quero...
magoa-me saber de ti
e no entanto faz-me tão feliz!
vai...corre para longe!
não... não vás... dá-me a mão
fica comigo!!
só esta noite!

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ouvia o vento lá fora a bater nas árvores
o canto da chuva no telhado
o desenho da água nas janelas
e nós cá dentro enrolados numa manta
estávamos abraçados
não abrimos a boca
sentíamos apenas
era tudo tão sublime!
o copo de vinho na mão aquecia-nos a alma
e o teu cigarro iluminava o quarto...
mais uma vez só nós
entrelaçados e esquecidos da vida!

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sinto-te!
sinto-te a meu lado como um fantasma
dás-me um arrepio frio na espinha...
cada vez que estou contigo
cada vez que me tocas
que me beijas,
que me abraças
entras no meu mundo
vês-me como mais ninguém me vê
sentes-me como mais ninguém me sente
sou só tua e tu és só meu!
bem-vindo ao nosso mundo!

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I feel you running through my veins...
You're within me
I feel you in everything I touch,
In everything I smell
In everything I see
In everything I taste
And in everything I hear...
You're part of me...
You're my true five senses!

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estava deitada na relva
olhava o sol que me aquecia
ouvia o riso das crianças
as nuvens faziam castelos
imaginava-me a saltar nelas
fechei os olhos e voei
voei por entre elas
sentia-me tão livre
abri os olhos
de volta ao mundo
sabe bem voar de vez em quando!

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sinto saudades de ti!
quero sentir o teu respirar a meu lado
quero-te dar colo...
quero o teu abraço sentido
enfim....
queria estar aí contigo!

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a chuva cai....
e eu na janela...
não sei que te diga
ficamos estranhos
o tempo nos pôs assim!
tentas aproximar-te
e com um abraço forte
encaixas em mim
e a chuva dissipa-se!

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fugiste quando menos esperava
olhei em redor e não te vi
fiquei desorientada, não sabia que fazer
no meio da multidão eras mais um
procurei-te com todo o desespero
e quando estava prestes a desistir
saltas do meio da multidão com um sorriso!
o meu sorriso completa-se contigo
não me sinto eu sem ti...

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da janela vinha um calor infernal
o quarto estava iluminado pelo sol radiante
não me apetecia sair da cama
sentia a verdadeira preguiça a chamar-me
sentia o teu calor junto a mim
e isso sim prendia-me à cama!
mais uma noite... nem sei que pense...
apenas sorrio, sabes que me fazes bem!
observo-te com carinho ainda a dormir
esboças um sorriso como se soubesses
que estava a olhar para ti à espera disso...
abres os olhos então
e apenas te digo:
bom dia!

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a lua olha para mim
sentada na areia ouvindo o mar!
os salpicos da água saltam para a minha face
e ela pergunta-me: porquê?
digo-lhe apenas porque preciso,
preciso porque me faz sentir viva!
e continuo perdida no horizonte escuro,
respiro o mar e toda a força que me dá!
sinto-me a nascer outra vez,
sinto uma nova vida em mim!
sinto uns passos na areia,
olhei para trás e a lá estavas tu:
a minha nova vida!!

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fumavas o teu cigarro pensativo
não tiravas os olhos de mim
sentia-te a ver-me completamente nua
não tinha escapatória!
estávamos os dois perdidos em nós!
olhei-te olhos nos olhos
senti que percebeste o que insinuava
agarraste-me para bem perto de ti
abraçaste-me com aquele teu jeito próprio
senti-me segura em teus braços
éramos dois, ficamos um
a loucura consumia-nos
e por final
o gemido de alegria!

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Falamos da morte como uma consequência natural de estarmos vivos, mas é até acontecer com alguém mais próximo de nós que realmente vemos que não é assim tão natural. Há uma envolvência enorme de sentimentos... é impossível não se ter qualquer tipo de reacção quando se trata da morte de um familiar ou de um amigo. Na nossa cabeça começam a voar imagens da pessoa, dos bons e maus momentos que tivemos com ela... revivemos uma vida num curto espaço de tempo sem sequer nos darmos conta que amanhã já não vamos estar com ela! No final é isso que resta: recordações... apenas recordações! mantemos a pessoa viva com as memórias que temos dela... quase que sentimos a respiração dela ao olharmos para uma fotografia em que estava a sorrir porque estava feliz naquele momento. E é essa imagem que vamos guardar para sempre!O seu sorriso!

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enrolaste-me nos lençóis
e desejaste-me boa noite!
deste-me um beijo na testa
e abraçaste-me com carinho
e saiste pela porta fora sem mais palavra
encontrei-te mais tarde perdido no meu sonho
estavas quieto, lendo sozinho
sentei-me a teu lado, dei-te um beijo
olhei-te nos olhos e dei-te colo!
senti-te como uma criança que está aconchegada no colo da mãe,
estavas bem ali comigo!
o tempo passou e adormeceste!
eu acordei e vi-te a meu lado
estavas deitado a olhar para mim.

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perdida no meio da multidão
sinto-me desnorteada...
o vento toca na minha face
a chuva cai em mim com suavidade
e sigo o caminho que a calçada me mostra!
quero encontrar-me de qualquer modo
sinto um vazio enorme em mim
e continuo assim
perdida no meio da multidão!

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dir-te-ei um dia, meu amigo, que a vida é tudo menos justa para com quem deve ser! momentos de desilusão acontecem a todos, afinal estamos todos no mesmo barco - A VIDA! olhas para mim com aquele olhar de desconfiado e perguntas-me simplesmente "porquê?" que te posso eu responder? eu não tenho respostas para ti!sinto-me incapacitada a teu lado, quero-te ajudar e sinto que me fecham as portas!mas no fundo sabes que estou aqui, que posso não te dar respostas mas tens o meu ombro para te encostares!a amizade é assim: há momentos em que palavras não dão as respostas necessárias e este é um desses momentos! estamos assim os dois a apreciar a música sem sequer emitirmos qualquer tipo de som. tentamos fugir deste mundo ao som do piano, alienamo-nos de tudo que está à nossa volta, até um do outro!

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às vezes sinto-me como um navio à deriva à tua procura! perco-me nas ondas com ânsia de te encontrar...quero-te aqui junto a mim!sentir a tua respiração, sentir o teu tacto na minha pele... apenas sentir-te por perto para me ancorares no meio deste imenso oceano onde derivo!

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ao passear pelo blog de uma amiga minha e vim a descobrir que hoje é o DIA DO POETA!
por momentos senti algo em mim a fervilhar, de certa forma sinto que também é o meu dia! :)
bom dia dos poetas para quem sinta algo em si de poeta!

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a vida é feita de momentos sobre o quais não temos mínimo de controlo. sinto-me completamente inválida ao ver as horas passarem sem pedir licença... quantas vezes quero que o tempo pare? quantas vezes me deparo com a eternidade dum momento que não passa de apenas um segundo? aiiiii......
sei que também sentes isso... sei que quando estamos juntos nos perdemos no tempo! é bom, sentimo-nos livremente a fluir juntamente com os segundos, deixamos de ser dois... passamos a ser um! estamos em comunhão um com o outro! nestes momentos tenho a perfeita noção que não tenho controlo em mim... sou aquilo que fazes de mim!

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estás mais perto e estás tão longe!
consigo sentir o teu cheiro a cada momento que passa...
estás entranhado em mim!

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és uma lágrima em mim...
quando menos quero que saias
mais depressa escorres pela minha cara abaixo!

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quando menos esperas
há metamorfose em mim...

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mostraram-me um dia que o sorriso é deveras a nossa melhor arma... tanto para nos proteger como também para cativar quem está de fora. sabe sempre bem dar de caras com um sorriso aconchegante quando menos se espera: ir no meio da rua e chocar com um desconhecido que em vez de uma cara fechada porque quase o atiramos ao chão nos presenteia com um lindo sorriso, isso faz-nos ganhar o dia muitas vezes. também quando nos encontramos mal a nível espiritual encontro no sorriso uma maneira de ludribiar quem me rodeia! faz com que espelhe cá para fora algo que não sinto cá dentro.
mas o verdadeiro sorriso de felicidade,aquele que sai do fundo do coração e juntamente com lágrimas nos olhos se desfaz nos nossos lábios, é realmente aquele que, depois de tudo o que disse de ser a melhor arma, contradigo-me ao dizer que apenas nos consegue desarmar e deixar sem jeito completamente abertos ao mundo até com vontade de esconder o tão belo sorriso! eu adoro sorrir!sorrir com a família, sorrir com os amigos, sorrir com os transeuntes da rua e também com os ocupantes do autocarro! é uma sensação quente que nos aproxima mesmo quando nem sequer relacionados somos!é bom sorrir, faz bem a tudo em nós! portanto sorriam!! :)

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Starlight - Muse

Far away
The ship is taking me far away
Far away from the memories
Of the people who care if I live or die
Starlight
I will be chasing a starlight
Until the end of my life
I don't know if it's worth it anymore
And hold you in my arms
I just wanted to hold
You in my arms
My life
You electrify my life
Let's conspire to re-ignite
All the souls that would die just to feel alive
But I'll never let you go
If you promise not to fade away
Never fade away
Our hopes and expectations
Black holes and revelations
Our hopes and expectations
Black holes and revelations
Hold you in my arms
I just wanted to hold
You in my arms
Far away
The ship is taking me far away
Far away from the memories
Of the people who care if I live or die
And I'll never let you go
If you promise not to fade away
Never fade away
Our hopes and expectations
Black holes and revelations
YeahOur hopes and expectations
Black holes and revelations
Hold you in my arms
I just wanted to hold
You in my arms
I just wanted to hold


palavras pra quê? esta letra diz tudo...

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ontem afundei-me nas ondas da música...
e só te queria junto a mim!

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aqui vai o 2º capítulo....


2º Capítulo

Carolina dormia descansada, o silêncio reinava no seu quarto, à parte do tic-tac do despertador. Laika, a sua cadela, uma rafeira de pêlo castanho, tinha entrado à socapa no seu quarto e estava deitada no fundo da cama. De um momento para outro, lágrimas começam a rolar pela cara de Carolina. Não sabia ao certo o que se estava a passar!
Quando de manhã acordou e se deu conta que a almofada estava completamente encharcada, assustou-se. De momento nem se lembrava sequer que tinha sonhado. Mas ao olhar para a janela o sonho passou a correr pela sua mente. Tinha sonhado com uma janela, carros, um rapaz, um ambiente familiar. Eram só estes elementos que se lembrava nitidamente. Eram uma espécie de peças de puzzle separadas que ela teria agora que juntar.
- Bom dia filha! – disse a mãe repentinamente entrou pelo quarto a dentro.
- Bom dia mãe!
- Olha, por acaso não sabes da minha camisola verde escura, é que precisava dela!
- Eu usei-a mas pu-la para lavar, agora deve estar no teu quarto!
Da mesma maneira que entrou assim saiu do quarto, a mãe de Carolina, uma professora primária de 49 anos.
Num movimento rápido de cabeça, Carolina repara que a janela estava aberta e que no chão estava um enorme envelope que tinha escrito; “Para alguém que não conheço mas sinto tão perto!”. “Que seria? Quem teria mandado? O Luís não porque nem sequer falo com ele, mas também não me vem mais ninguém à cabeça! Como teria conseguido abrir a janela e deixar o envelope sem que eu notasse!”
Tudo estava tão confuso dentro da sua cabeça que nem hesitou em abrir o envelope na esperança de desfazer o mistério! Era um enorme desenho da sua janela que continha um vulto atrás com formas femininas, a rua repleta de carros de cores luminosas e um céu de um azul tão escuro com pequenas estrelas coladas como salpicos e a lua em quarto minguante. Não estava assinado, mas por trás tinha uma mensagem: “Quando estiveres à janela, não te fixes só nos automóveis, tenta encontrar outros olhares que como tu passam horas à janela!”
Tal mensagem deixou-a tão intrigada, não conhecia ninguém do prédio da frente, mas era disso mesmo que se tratava, de alguém que não a conhecia mas que ao vê-la todos os dias e durante tanto tempo à janela a sentia perto e quis conhecê-la melhor! Esquisito não deixava de ser a maneira como a pessoa tinha alcançado Carolina, mas a incógnita continuava: quem seria a tal pessoa?

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Ontem mantiveste-me por perto
Hoje voei para longe
E amanhã: o incerto!

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O mau tempo instalou-se...a chuva cai sem pedir licença e o vento arranca as folhas das árvores e abana os ramos com tamanha severidade... sentimo-nos tão pequeninos no meio de tanta confusão. Só queremos sentirmo-nos seguros dentro de quatro paredes e ver os relâmpagos lá fora a desenharem-se no céu... Não minto ao dizer que este tempo mexe comigo, gosto mas faz-me sentir só, com vontade de estar comigo a ouvir a chuva a cair, faz-me pensar!
Quase que componho uma música com as gotas a baterem na janela e com o uivar do vento... é tudo tão sombrio e ao mesmo tempo tão fascinante.
Aiiiii a chuva....

Queria ver
A chuva a cair
Os vasos a verter
A menina a sorrir
As gotas na janela a bater
O vento a soprar
As árvores a abanar
Os ramos a partir
As plantas a desfalecer
Tudo a mudar
Pois eu queria ver
Um dia a chover

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porque um dia comecei esta aventura e nunca a terminei... um livro... uma história... um capítulo!
1º Capítulo

"Calma e serena a noite caía sobre nós. O Sol despediu-se, a Lua aparecia! O céu, até então alaranjado, ganhava tonalidades azuis e a escuridão ia-se tornando banal.
O vento corta o silêncio sentido, é frio porém suave! Confundidas com o céu, as nuvens passam despercebidas...
Carolina na janela do quarto conta os carros na estrada. Carolina era uma rapariga de 14 anos que em nada era semelhante às suas amigas.
Deparando-se com a banalidade do seu dia-a-dia, das mesquinhices existentes entre o seu grupo de amigas, Carolina resguardava-se no seu quarto e sem intenção fica junto da janela a contar os carros que passavam.
Num prédio do outro lado da rua no vive um rapaz muito mais velho que Carolina que todos os dias aprecia a figura esguia de cabelos longos e ondulados, de grandes e expressivos olhos castanhos que passa horas à janela, aparentemente sem propósito. Rui era o nome do rapaz a quem tal figura intrigava. “Que pensaria ela? Porque estaria ela ali durante tanto tempo?” eram perguntas que ocorriam na mente de Rui. Afinal de contas não a conhecia, era apenas uma rapariga que vivia no prédio da frente.
Carolina, por seu lado, quando estava na janela jamais reparava em pormenores...apenas se guiava pelo som dos automóveis de dia e pelos seus faróis de noite.
A noite era comprida e Carolina, sem sono, continuava acordada a pensar. A luz do candeeiro era a sua única companhia. De súbito estremeceu com o barulho do autoclismo, o seu irmão Pedro tinha ido à casa-de-banho. Tendo reparado na luz que vinha debaixo da porta do quarto da irmã, Pedro bateu e entrou:
- Que fazes acordada a esta hora?
- Oh! Não tenho sono e aproveitei para pensar no que se está a passar comigo! – explicou ela.
- Mas queres falar? O que se está a passar contigo?
- Sinto-me vazia, os meus dias não passam de uma monotonia onde o cinismo reina e a ironia e falsidade são valores adorados por todos aqueles com quem convivo naquele ambiente obscuro a que chamamos escola!
- Fogo! Tanto desânimo! Tu ainda és tão nova, se assim vais estás feita rapariga! Nem pareces tu! Tu que eras sempre uma rapariga alegre, que aparentemente não tinha problemas nenhuns....
- Pedro, as pessoas mudam! “Só não mudam os burros!” como o pai costuma dizer. Eu já não sou aquela menininha que era submissa a tudo! Agora tenho as minhas ideias e as minhas ideologias e não me importo de ter que ser vista como uma “freak” ou uma esquisa qualquer! As pessoas que pensem o que quiserem! Eu sou como sou!
- Calma linda! Concordo que deves ser quem és e mostrar isso a toda a gente! Mas agora pensa em descansar senão amanhã ainda vais estar pior!
- Hum.... Ta bem, ‘té manhã!
Pedro saiu do quarto e Carolina ficou impávida a olhar para a luz! Pedro era um rapaz de 21 anos, estudante universitário que nutria um amor muito grande pela sua irmã mais nova! Era um rapaz alto, esguio como a irmã e com o cabelo ondulado, curto, de um castanho que se confundia com preto. Os olhos verdes salientavam-se no meio de uma cara tão morena que emanava uma simpatia nunca tal vista.
Carolina acabou por chegar à conclusão que não ia deixar de ser ela porque as amigas achavam mal! Com esta conclusão sentiu-se bem, apagou a luz e mergulhou num sono descansado, pensava ela! "

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Liberdade

Quero fugir
Nada mais fazer
Não ser obrigada
Não ser
Não sentir
Não falar
Não rir
Nem andar
Mudar,
Só quando quiser
E fazer
Só quando me apetecer
Nada me obriga
Ninguém manda em mim
Sou um ser livre
Sou a liberdade sem fim!!


Depois de uma noite de liberdade total, achei que mostrar este poema faria todo o sentido....



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Numa noite de chuva e frio, perdida por entre as pingas dou de caras contigo... completamente bêbado de felicidade, há muito que não te via assim! Estavas despreocupado, livre, fazias tudo o que querias sem malícia nenhuma... É bom quando se perde todas as restrições que nos regem e nos libertamos! Os teus sentimentos estavam à flor da pele, disseste cada coisa mais linda que era tão bom ouvir-te. Senti-me bem contigo a meu lado, fizeste-me sentir mesmo especial... obrigada! Foi uma noite fora do normal... soube bem ter rido tanto.

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Um dia estranho... um dia em que tudo à minha volta me fazia querer estar bem longe... a 2000kms daqui... estar junto de quem cola os pedaços do meu coração e me faz sentir de novo uma só pessoa! Estou partida ao meio neste momento...estou tão habituada à vossa presença que me é tão estranho não vos ter por perto. Sim, estou a ser egoísta...eu sei! Mas deixem-me ser assim. Tenho quebras ao longo dos dias - momentos em que algo me faz voar até vós, momentos em que a lágrima quer sair, mas não deixo, porque queria estar com vocês e não estou! No meio de tanto egoísmo consigo também pensar que vocês estão bem e que também não se esquecem de mim...
Só quero que o dia de amanhã passe depressa...só quero que o tempo passe depressa.
Vocês são a família que eu escolhi com muito agrado, minhas irmãs, voltem depressa....

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Momento

Um momento:
Um pedaço de felicidade
Que se perde no tempo
E deixa saudade!

Difícil de esquecer
Mas proveitoso, enfim...
De mero momento não passa
E uma marca deixou em mim.

Memórias, simples memórias
Na minha cabeça vagueiam
Parecem simples histórias
Que minha alma incendeiam!

Tudo vai passar
Esse fogo ir-se-á apagar
E o momento vai cessar
E a vida vai continuar...


Ora...este poema tem deveras alguns anos mas confesso que é dos meus favoritos e como tal tem este lugar de destaque nesta nova casa. Foi dos poemas em que menos pensei, que mais fluiu e que me deu muito gozo escrever! É bom quando as palavras brotam em nós... Pra quem já conhece fica a oportunidade de reler... para quem ainda não conhece espero que se identifique de alguma forma. Obrigada aos leitores que por cá passam.

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Fui quase como obrigada a entrar neste mundo dos blogs... mesmo assim a ver vamos o que sairá daqui...
É verdade que adoro escrever, é uma paixão intrínseca em mim mas falta-me uma coisa chamada coragem de me expor. Perco-me nas letras... principalmente aquelas que rimam...escondo-me por detras das palavras mesmo quando não rimam.... apenas me perco! Viajo entre pontos finais, vírgulas e reticências... na sua maioria reticências... pois meus pensamentos não sei como terminam! Vagueio... é isso que faço..vagueio pelas palavras! E é isso que vos vou deixar ler... vou-vos deixar entrar "dentro de mim"!Espero que gostem da viagem.